Pato Mandarim

 
 Informação sobre pato mandarim (imagens das minhas aves em baixo)

Ordem: ANSERIFORMES
Família: Anatidae

Distribuição e Habitat
Nidificam no Sudeste da Rússia, no Nordeste da China e no Norte do Japão (são residentes nas ilhas Centro e Sul do Japão). Invernam no Sudeste da China e na Coreia do Sul. Foram introduzidos no Sul de Inglaterra. Vivem em ambientes aquáticos de água doce (paúis, lagos, lagoas e rios de curso lento), nas proximidades de florestas temperadas de folha caduca.

Identificação
Medem 41 a 51 cm de comprimento. Existe dimorfismo sexual. A plumagem vistosa do machos é mantida durante a maior parte do ano, excepto no período de muda das penas, que ocorre após a nidificação e dura algumas semanas. Nesta altura, os machos perdem as penas coloridas e ficam com plumagem semelhante à das fêmeas, assim conhecida por plumagem de eclipse. No Inverno, quando recomeça a actividade sexual, a plumagem do macho já retomou a sua exuberância inconfundível: as penas da cabeça alongam-se para trás, formando um “capacete” de cores branca e castanho-ferrugínea; o peito é castanho-escuro, tal como a parte superior do corpo; os flancos são castanho-claros; apresentam tipicamente duas “velas” de cor laranja, que se erguem acima do nível das asas. A fêmea tem plumagem castanha, com pintas castanho-claras no peito e nos flancos. Apresenta ainda uma mancha branca periocular (em torno dos olhos), que se estende para trás na cabeça, e uma linha direita branca na base do bico. Estas últimas características distinguem a fêmea desta espécie da fêmea de pato-carolino (Aix sponsa), cuja plumagem é muito semelhante, mas na qual a mancha periocular é mais larga e curta e, ainda, a barra branca na base do bico é curva em vez de direita. O bico é vermelho, no macho, e cinzento, na fêmea, o que permite distinguir os sexos, no período de eclipse. Em ambos os sexos, o espelho (barra de cor visível em voo, na parte superior da asa, correspondente às rémiges secundárias) é verde-escuro.

Hábitos
Alimentam-se à superfície da água, em águas pouco profundas, durante o dia ou a noite. As populações do Centro e Sul do Japão e de Inglaterra são residentes. As restantes são migradoras.

Alimentação
Ingerem sementes, plantas aquáticas, caracóis, insectos e peixes.

Reprodução
A época de nidificação começa em Abril. Nidificam em casais. O ninho é construído em ocos de árvores. A postura é normalmente de nove a 12 ovos, que são incubados durante 28 a 30 dias. As crias são nidífugas, isto é, abandonam o ninho precocemente, neste caso apenas algumas horas após a eclosão; depois, seguem os progenitores (especialmente a fêmea) até serem capazes de voar. Os juvenis adquirem a plumagem de adulto com um mês a um mês e meio de idade. Atingem a maturidade sexual com cerca de um ano de idade.

Estatuto de conservação
Baixo risco/quase ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). As populações têm declinado muito, em consequência da caça excessiva, do tráfico internacional e da destruição do habitat.  

Fonte: www.zoo.pt